Exposição MARECHAMA será aberta neste sábado 16/07, na Namastê Eco Cultural Lagamar, no Boqueirão Sul

Exposição MARECHAMA será aberta neste sábado 16/07, na Namastê Eco Cultural Lagamar, no Boqueirão Sul
Exposição MARECHAMA será aberta neste sábado 16/07, na Namastê Eco Cultural Lagamar, no Boqueirão Sul
Neste sábado, 16/7, às 18h, na Namastê Portal Eco Cultural Lagamar ( Av. Intermares, 435 - Parque Américas, no Boqueirão Sul) , será aberta a exposição Marechama, que mostra os resultados da 6ª edição do Projeto Residência Artística Vale do Ribeira, idealizado pelo artista, educador e produtor cultural Fernando Caixeta. A exposição ficará aberta ao público até o dia 17/07.
O Residência Artística teve como foco a performance privilegiando a inserção dos corpos nos espaços naturais do entorno da Namastê Portal Eco Cultural Lagamar; do anfitrião do projeto e produtor cultural Ricardo Almeida – com os elementos da mata atlântica, paisagens praianas e das dunas do Boqueirão Sul da Ilha.
A proposta contou ainda com a participação do professor e artista Geraldo Souza Dias, que juntamente com Fernando Caixeta, atuou como curador; do historiador e educador Gustavo de Matos, que apresentou aspectos históricos da região, e do assessor de marketing digital Daniel Hector. Selecionada pelo edital PROAC2021, a Residência buscou integrar artistas do Litoral Sul, do Vale do Ribeira e diversas regiões do Estado.
Entre os trabalhos desenvolvidos, os de Felipe Vasconcelos (FeVas) envolvem expressão corporal, criação de figurino e atuação nos espaços da natureza, buscando um contraste cromático com a presença da cor vermelho frente ao verde, ou na evolução da interação de seu corpo com uma longa tira de tule vermelho, oscilando do alto de seu corpo ampliado pelas pernas de pau, até a nudez. Mencione-se ainda o uso de uma máscara especular no sítio do sambaqui próximo à saída da balsa para Cananéia e sua tocante homenagem a um ente querido, que se foi há pouco, com a inscrição da palavra “SAUDADE” nas areias da praia potencializada com o uso do fogo numa noite de luar
“Vibrações do Sagrado Ser”, é como o artista iguapense Henrique Pellerin (Rick) conceitua suas performances e artefatos criados durante a residência, marcada por uma profunda busca espiritual, num sincretismo que une cultos afro-brasileiros (umbanda e candomblé) indígenas (xamanismo) e hinduísmo.
Tainá Gewehr Wirth, que adota o pseudônimo Tai-Xan recriou a ação atribuída à artista Celeida Tostes - “mulher-casa-mãe” que alude à ideia da casa como proteção, com a forma de uma tenda indígena recoberta de jornal e argila, onde se queimarão pequenos utensílios ou objetos simbólicos criados por todos os artistas da residência, segundo a técnica do forno de papel. A queima, que é o ápice da proposta, foi precedida de uma ação performática, na qual a artista, após um tempo de meditação, despe-se, cobre todo seu corpo com argila local e entra numa cova situada abaixo da tenda.
Ariane Apolinario (Ariane Pinakari), artista de São Paulo radicada em Cananéia, realiza ações performáticas que inserem o elemento fogo no espaço da paisagem marítima, numa coreografia que leva em conta sua grande potência corporal, ao dominar inúmeras técnicas de inspiração circense – bambolê de LED, tocha, leques e malabares.
Para Andrea Barbour, de São Paulo, suas performances possibilitam a união de interesses: a dança, as artes visuais e o meio ambiente. Os trabalhos desenvolvidos durante a residência são instalações com galhos, raízes, manequins que ela recolheu e que são energizadas por seu corpo em movimento ou em posturas estáticas. Ao final, ela sugere que o público adentre esses espaços e percebam a energia ali depositada.
A residência contou ainda com a arte culinária – e cerâmica – de Luara de Luna Jardim, que contribuiu para a alimentação de todos e harmonização coletiva, com sua simpatia e perspicácia social, da equipe fotográfica Mulight e do músico e DJ Guinga.
Texto: Geraldo Dias