Mais que arte e geração de renda, aulas de Artesanato em Madeira, no Espaço Gente, têm a meta de valorizar e manter a rica cultura caiçara

Mais que arte e geração de renda, aulas de Artesanato em Madeira, no Espaço Gente, têm a meta de valorizar e manter a rica cultura caiçara
 
O professor da Oficina de Artesanato em Madeira, Odirlei Franco de Lima, aprendeu com o pai, Valter Alves de Lima, a esculpir peças em madeira que, por sua vez, aprendeu o ofício com sua família. É essa herança cultural caiçara que o professor Odirlei transmite em suas aulas, ministradas às terças-feiras, em turmas da manhã e tarde, no Espaço Gente.
 
Segundo Odirlei, é importante que as aulas abordem a cultura caiçara, para que seja valorizada e mantida. Por esse motivo, as peças criadas nas aulas são aves do Lagamar, barcos, mini pilões, colheres de pau e outras com identidade caiçara. Para inspirar ainda mais os alunos, Odirlei exibe a Rabeca, instrumento musical caiçara, utilizado nos bailes de fandango e também na Orquestra de Rabecas da ong Crescer para o Futuro.
 
Segundo o professor, entre os aprendizes da Oficina, estão artesãos e artesãs que querem aprimorar seus conhecimentos; pessoas que nunca trabalharam com arte, pessoas com deficiência e outras que usam o artesanato também para terapia.
 
Mantido pelo Núcleo de Desenvolvimento Social (NUPS) e o Fundo Social de Solidariedade (FSS), as aulas de Artesanato no Espaço Gente, que fica na Av. Candapuí Sul, esquina com a Av. Copacabana, estão com as vagas preenchidas, mas o Espaço é aberto a todos que querem conhecer os trabalhos. Novas matrículas podem ser feitas a partir de junho. Para a inscrição, são necessários RG, CPF, Comprovante de Residência e
Cadastro do CRAS.
 
Aspas dos alunos do Curso:
 
“Nunca fui artesão. Terminei hoje o meu primeiro guará. A impressão que a gente tem quando entra no curso é que não vai conseguir fazer uma peça. Depois, a gente vê que consegue e a peça fica incrível. Você pega a madeira bruta e a transforma em artesanato, é muito bom. Minha esposa também fez o curso. Então, já temos um bando de três guarás em exposição em casa“, Dimas Sindei Nuvolari
 
“Cada peça que a gente faz é uma emoção única, traz uma alegria imensa pela capacidade de conseguir e o prazer de querer fazer mais. Nos transforma também em pessoas melhores. Trabalho com bijuterias já e meu objetivo é aprimorar o meu conhecimento e lançar novos artigos em madeira em meu boxe de artesanato”, Jorge de Jesus Marcondes
 
“As aulas são uma maravilha. Se eu pudesse, passava a vida inteira fazendo o curso. Nunca imaginei que ia conseguir trabalhar com a madeira. Dei uma colher de presente de Páscoa para o meu filho e ele adorou”, Solange Navas.
 
“Muito bom aprender e interagir com o grupo é gratificante , gostei bastante”, Sérgio da Silva Santos
 
“Além de ser uma terapia, é uma aprendizagem maravilhosa. É bom demais pegar uma peça bruta e transformar numa garça, guará, biguá, em barcos e diversos artigos”, Antônio de Pádua
 
“É bom ocupar a cabeça, distrai a gente. Estou feliz com as peças. Já fiz um guará e trabalho agora num tucano”, Tatiana Aparecida Oliveira
 
“É minha quinta peça, já fiz três guarás, um peixe e um suporte de papel toalha. Me apaixonei por esse artesanato com madeira. É versátil. É também uma boa forma da gente vencer a depressão. Quando estou triste, olho as peças que fiz. Me descobri artesã e não penso em parar”, Carmesilda de Fátima Santos
 
“Minha primeira peça é o guará, estou gostando bastante e já tem gente encomendando”, Adel Jevan Batista dos Santos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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